Blog de Núbia

Senta aí, vamo trocar uma idéia!



O título desse post não podia ser tão inspirador quanto essa citação de Da Vincci que minha querida @kessiaveras relembrou no Twitter esses dias. O papo era sobre o preconceito que existe acerca do curso de História. Tem os que imaginam que o curso se resume a beber e fumar maconha e enxergam isso de forma positiva, e também tem os que acham a mesma coisa mas fazem uma leitura preconceituosa do usuário de psicoativos. Outro dia me perguntaram porque resolvi fazer História, e eu respondi que queria entender o mundo. Me disseram que querer entender o mundo é coisa de vagabundo. Que sejamos todos vagabundos então!
Estamos nadando em um mar de preconceito, e eu me coço só de pensar nisso. As pessoas ainda seguram a bolsa na rua quando vêem um negro, ainda fazem as piores associações no que toca a questão dos psicoativos, ainda não toleram a homossexualidade, e ainda tratam a mulher como um pedaço de carne que não tem o direito de decidir sobre o próprio corpo. E o pior, ainda existe quem defenda essas práticas/pensamentos. Os que defendem muitas vezes estão ganhando com esse tipo de senso comum, como se dá no caso dos psicoativos e os lobbys da indústria farmacêutica, da mídia que louva ao álcool e ao tabaco que são duas drogas comprovadamente muito mais pesadas que a Cannabis Sativa que foi criminalizada sem que houvessem evidências científicas dos seus eventuais malefícios por exemplo.
No caso do machismo que mata e oprime todos os dias, e da homofobia, ninguém ganha com isso, são comportamentos preconceituosos fundamentados em sua grande parte por doutrinas que parecem não entender que intolerável é não amar. Na discussão do racismo felizmente avançamos quando passamos a tipificar como um crime inafiançável, mas isso ainda não foi o suficiente, a dívida histórica permanece, e a democracia burguesa com seu capitalismo perverso se negam a quitar.
Com diz o ditado popular: “A ignorância é a mãe do preconceito”, precisamos sair do obscurantismo dos pré-conceitos com seus proibicionismos que levam dos sujeitos sua dignidade e liberdade. Precisamos nos curar dessa doença chamada intolerância, pois ela mata, e quando não mata, faz sofrer.

Subscribe